A onda de manifestações que começou em São Paulo, inicialmente contra o aumento das tarifas de transporte público, chegou a Brasília na véspera da estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações. Nesta sexta-feira, um dia antes do jogo contra o Japão, mais de uma centena de pessoas desfilou diante do Estádio Mané Garrincha para protestar.
Os manifestantes levaram muitas faixas e até atearam fogo em uma barricada de pneus, com o intuito de fechar o fluxo de veículos em uma das vias de acesso à arena. Suas faixas reclamavam do “AI6 da Copa” (em alusão ao Ato Institucional número 5, o mais duro da ditadura militar brasileira), pediam “liberdade” aos manifestantes de São Paulo, reforçavam que não se tratavam de “terroristas” e criticavam principalmente os gastos do governo para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Havia também quem lutasse por habitação.
Ao contrário do que ocorreu em São Paulo, não houve violência – pelo menos durante a manhã – em Brasília. Policiais acompanharam a manifestação de perto, alguns com armas à mostra, mas não fizeram uso de força para dispersar os manifestantes, escoltados por inúmeras viaturas e observados à distância até por um helicóptero.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, negaram nessa quinta-feira (13) a possibilidade de a Copa das Confederações ser afetada pelos protestos realizados nas capitais brasileiras contra o aumento das tarifas de ônibus. As manifestações realizadas no Rio e em São Paulo na noite de ontem (13) foram o principal assunto da primeira entrevista do ministro no centro aberto de mídia montado no Forte de Copacabana para a competição.
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